sexta-feira, 3 de abril de 2015

Passa Quatro, a tranquilidade do interior de MG

Cidadezinha localizada no meio da Serra da Mantiqueira no sul de Minas Gerais, fica umas 3 horas de carro do Rio de Janeiro. Típica cidade pequena e pacata do interior com moradores simpáticos e receptivos aos turistas.


A cidade carece de transporte público, durante o dia quase não se vê ônibus pela cidade. Em uma semana de hospedagem, só vi um taxi numa única oportunidade (mas soube que a cidade possui 4 carros em sua frota de taxi).


Como há muitas fazendas leiteiras e alambiques na região, recomendo experimentar queijos, goiabadas, doce de leite e pinga da cidade.


=> HOTEL


Recanto das Hortênsias (www.recantodashortensias.com.br), hotel confortável com uma piscina ao ar-livre e outra aquecida. Possui um lago, área de caminhada, academia e playground. A diária inclui café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. Bebidas pagas à parte. Como a cidade é pequena, vale a pena ir somente se tiver algum evento no hotel (semana temática, festa junina, etc).



A cidade terá um novo hotel a partir de abril de 2015. O novo hotel fica quase em frente ao Recanto das Hortênsias e parece que pertence ao mesmo dono.

Hotel Recanto das Hortensias, Estação de Trem de Passa Quatro e a Catedral da cidade



=> O QUE FAZER



- Passeio de Maria Fumaça (Trem da Serra), principal atração turística da cidade. Passeio de 12km de Maria Fumaça pela Serra da Mantiqueira conhecendo a área rural da região. Imperdível!!! O passeio ocorre todo final de semana ou durante a semana se houver algum evento na região (consultar se haverá passeio durante a semana). Os bilhetes são comprados na própria estação de trem de Passa Quatro. Para mais informações, clique aqui.

A guia contará a história da "Estrada de Ferro Minas e Rio", ferrovia inaugurada em 1884 na época do império. Dos 170km originais, apenas um trecho de 12km está em funcionamento. A estação mais relevante do caminho é a Coronel Fulgêncio, palco de muitos combates da revolução de 1932. A locomotiva 332 (Maria Fumaça) é uma relíquia!! Uma máquina a vapor inglesa de 1925. A única sobrevivente do sucateamento das locomotivas a vapor que outrora percorriam essa região.

Trem da Serra de Passa Quatro (MG)



- Passeio de jipe 4x4: o passeio é oferecido pela Eliana do Jipe, ela tem um quiosque dentro do hotel Recanto das Hortênsias. Dura cerca de 2 horas e custa 40 reais por pessoa. É a possibilidade de conhecer a área rural de Passa Quatro. Ela leva ao Ingazeiro, à cachoeira (linda!) no Parque Florestal e às montanhas que cercam a cidade. Um lindo mirante no alto do vale de onde se tem uma visão da cidade de tirar o fôlego. Durante o passeio, a guia conta a história da região. O jipe balança bastante porque o terreno é mto acidentado, convém não comer demais antes de fazer o passeio.

- Outras Cidades: se estiver de carro, vale a pena dar um pulinho em cidades próximas de Passa Quadro como São Lourenço (MG) que fica uns 45 minutos de carro ou Aparecida (SP), uns 50 minutos de viagem. Como é pertinho, dá pra fazer um bate-e-volta.

- Correr é uma ótima forma de conhecer uma cidade pequena e Passa Quatro tem calçadões compridos e tranquilos que propiciam essa atividade.

- Passeio de charrete, dura cerca de 40 minutos. A charrete faz um trajeto circulando o pequeno centro de Passa Quatro. Bom pra quem não gosta ou não pode andar a pé. As charretes são bonitinhas e o passeio custa 10 reais por pessoa.




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dirigindo por Santo Domingo, Bayahibe e Punta Cana

Então, quer conhecer a República Dominicana de carro??? De Santo Domingo à Punta Cana... Segue a aventura... ;)


De carro pela República Dominicana


Pegamos um vôo para Santo Domingo. Já havia reservado um shuttle (75 dólares ida e volta) para me levar do aeroporto para o hotel, localizado na Zona Colonial.

Os hotéis da Zona Colonial são confortáveis e baratos, porém sem luxo. Poucos oferecem café da manhã (o que não é uma grande vantagem pois o café é bem simples). Trata-se de um centro histórico onde os prédios são tombados. Os hotéis da Zona Colonial são em edifícios seculares. Qualquer obra fica mais complicada em lugares assim. Mesmo assim, achei que valeu a pena me hospedar nessa área. Recomendo o Mercury ou o Europa (onde fiquei).

O trânsito de Santo Domingo é uma loucura! As ruas são estreitas, os estacionamentos são escassos e praticamente não há sinais de trânsito. Em resumo, não vale a pena dirigir por lá. Você só vai se estressar! Como meu hotel era muito bem localizado (no coração da Zona Colonial), deu pra fazer quase tudo a pé.

Gostei tanto de Santo Domingo que fiz um post especial sobre a cidade (veja aqui). Ficamos dois dias inteiros em Santo Domingo para conhecer a Zona Colonial com seus monumentos históricos e passear pelo Malecón. Depois pegamos o shuttle de volta para o aeroporto de Santo Domingo. O aeroporto fica há uns 30 minutos da Zona Colonial, no caminho para Bayahibe!

No aeroporto SDQ, peguei o carro que já havia reservado com antecedência. Do aeroporto até Bayahibe são aproximadamente 115km. A famosa e bonita praia de Boca Chica (vale uma visita!) fica praticamente ao lado do aeroporto. Passamos em Boca Chica antes de pegar a estrada até Bayahibe.

A estrada está em bom estado de conservação, tem boa sinalização e alguns pedágios (de 50 e 100 pesos dominicanos). Porém, quase não há retornos (tive que fazer algumas bandalhas! rs) ou postos de combustíveis. 

No caminho para Bayahibe passamos por Vila Romana, onde fica o famoso Altos de Chavón - uma "cidade" que imita um vilarejo medieval europeu. As praias da costa de Bayahibe são quase todas privadas, por isso escolhi o resort Viva Wyndham Dominicus Beach.

Acertei em cheio. Não poderia ter escolhido hotel melhor. Boa comida, super animado e a espetacular praia Dominicus! Uma verdadeira praia do Caribe com água morna e transparente. Há corais e peixinhos até no raso. Escolhi, depois de algumas pesquisas, passar mais tempo em Bayahibe do que em Punta Cana pois as praias são mais bonitas por aqui. Punta é banhada pelo oceano Atlântico, e não pelo mar do Caribe.

Praia Dominicus em Bayahibe

O resort é enorme! Não consegui andar de ponta a ponta. Todas as noites tinha teatro até 22h, festa temática até 1h e boate até 2h30. Uma maratona de animação! Isso sem falar nos eventos e brincadeiras que rolavam durante o dia.  Nesse resort, os animadores trabalharam duro! rs

No período em que estive por lá, acho q só tinha eu de brasileira. Franceses e italianos eram a maioria no hotel. Ficamos num charmosíssimo bangalô super confortável próximo à praia. Adorei!! Parecia que eu tinha uma casinha no Caribe... rs

De negativo destaco o Wi-Fi grátis do hotel que era praticamente inexistente (tem um bar ao lado do resort que oferece Wi-Fi decente gratuito para quem consumir alguma coisa, era pra lá que eu ía!). A praia Dominucus ficava cheia, já deixava minha cadeira na praia reservada quando ía tomar café da manhã. A noite, durante as festas, é complicado conseguir um drink no bar. Os bartenders não conseguiam atender direito a demanda.

Bayahibe fica próximo das famosas ilhas Sanoa (imperdível!) e Catalina. É possível contratar uma passeio para essas ilhas no resort ou no pequeno comércio que fica ao lado da entrada do resort. Obviamente, o preço do lado de fora do resort costuma ser mais barato (70 dólares por pessoa para Sanoa, por exemplo). De Punta Cana, bem mais distante, um passeio para Sanoa custa o dobro do preço. 

Enfim chegou o dia de ir para Punta Cana, a aproximadamente 90km de Bayahibe (estrada com pedágio). Tem uma estrada que vai direto de Bayahibe para Punta, porém preferimos "ir por dentro" e passar pela cidade de Higüey. Não ía perder a chance de conhecer um pouco mais sobre o dia-a-dia do povo dominicano e transitar por plantações de café e cana-de-açúcar..

Higüey é uma cidade simples, movimentada, pobre e carente de infraestrutura. Um amontoado de gente transitando pelo pequeno comércio. Há lojas de movéis por todos os lados, algumas com cartazes escritos "Vendemos Fiado" (!?). O fluxo intenso de motos, com diversos passageiros, também chama a atenção. Bem, mas o principal atrativo de Higüey é a bela Basílica de Nossa Senhora de Alta Graça, padroeira do povo dominicano. Conhecemos isso tudo passeando de carro, só paramos para visitar a Basílica e seguimos p/ Punta Cana.

A famosa Punta Cana, a parte rica da República Dominicana com seus resorts deslumbrantes. Da estrada já dá pra perceber a diferença... ruas largas, comércio mais chique, posto de combustível que aceita dólar, carros modernos, boates, luzes, semáforos e seguranças fortemente armados na porta dos resorts/condomínios. Punta Cana destoa do resto da República Dominicana.

Nem preciso dizer que os brazukas infestam Punta Cana... Com um bom trabalho de marketing que oferece diversas ofertas de pacotes de viagem em qualquer agência de turismo no Brasil, os brasileiros representam boa parte dos turistas daqui.

Uma experiência de luxo é a melhor forma de resumir a estadia em Punta. Fiquei hospedada no Paradisus Palma Real Punta Cana (da rede Meliá) localizado naquela que dizem ser a melhor praia de Punta, a praia Bávaro. A praia só não foi uma decepção porque eu não esperava muita coisa de Punta Cana. Já tinha lido que as praias de lá não eram a oitava maravilha. Gelada, com ondas e muuuuuitas algas... chegava a dar nervoso aquelas algas agarrando no tornozelo. Não curti a praia! O pessoal do resort limpava a areia diversas vezes ao dia, mas a praia estava sempre "suja" de algas. Aliás, a praia do Arpoador (no  RJ) é muito melhor que a de Bávaro.

Praia Bávaro em Punta Cana

Como a praia não agradava, o jeito foi curtir o hotel! Não tenho do que reclamar. Piscina deslumbrante e restaurantes maravilhosos desse resort all-inclusive. A maioria dos restaurantes precisa de reversa e roupa social no jantar, a dica é fazer todas as reservas logo no primeiro dia. No Paradisus, tinha um casamento na praia quase todos os dias. Legal tomar um drink e assistir ao casório dos outros. Às vezes, dava até para participar das festas!! rs

O resort não é muito cheio e é bem tranquilo. Não espere muita agitação por aqui. São poucos os que tem disposição para sacudir o esqueleto na boate do hotel depois dos shows noturnos. Camareiras e garçons fazem de tudo pra te agradar, mas o concierges são chatos querendo vender títulos do Meliá.

No 2º dia, conheci uma família de brasileiros que disse que alguns de seus pertences foram furtados do quarto do hotel. Disseram que relataram o fato para a gerente do Paradisus, mas nada foi feito. Segundo eles, o hotel fez "vista grossa" para o caso. Confesso que fiquei tensa, até porque a camareira entrava no quarto várias vezes ao dia. Procurei, mais do que nunca, manter o quarto organizado e sempre conferia o cofre quando chegava ou saía do quarto. Por sorte ou precaução, não tive esse tipo de problema durante minha estadia. Pelo contrário, esqueci meu iPhone no hall do hotel. Um segurança achou, registrou a ocorrência e, posteriormente, me entregou (ufa!) quando fui reclamar o objeto perdido.

O resort tem um transporte interno que leva os hóspedes para o único shopping de Punta Cana, o Palma Real Shopping Village. Um shopping pequeno com algumas lojas de grife onde também fica a boate do cantor Akon (hóspedes não pagam entrada). Se for comprar "lembracinhas" (camisa, bolsa, chaveiro, ímã, etc) de Punta Cana, os preços das lojinhas do hotel são os mesmos do shopping. Enfim, Punta Cana é curtir o resort. Então, pense nisso na hora de escolher o seu e divirta-se!!